Gestão de Pessoas: apenas um novo nome para os Recursos Humanos? Administradores, 14/07/2015
Não é apenas um novo título para as atividades de RH. Trata-se de um formato de gestão que vai muito além das tradicionais rotinas trabalhistas e processos burocráticos.
A proposta aponta para o investimento nos profissionais, não somente selecionar, contratar e cuidar dos benefícios e holerites. O olhar é mais amplo, estratégico mesmo.
Os profissionais de RH sentando-se à mesa e participando do planejamento estratégico, cientes da visão e do negócio da empresa, conhecendo a necessidade dos departamentos e buscando a sustentabilidade da organização, através de seleção apurada de perfis e competências que promovam e enriqueçam o produto final da empresa.
Com a evolução das tecnologias, massificação dos processos, produtos e serviços tornaram-se muito nivelados colocando os concorrentes em patamares de igualdade. Nesse contexto, o diferencial passou a ser o capital humano. Atrair e reter talentos é o grande desafio!
O diferencial está na capacidade das organizações de criar mecanismos e elaborar estratégias que mantenham e potencializem a produtividade de cada um. Não somente treinar, mas reter profissionais competentes, flexíveis, adaptáveis, com expertise e equilíbrio emocional. A maior estratégia para se obter tais profissionais e mante-los, tem sido através da valorização e reconhecimento desse ativo.
São desafios para o gestor de pessoas: identificar talentos, atraí-los e alocá-los nos departamentos e tarefas adequados para que o seu potencial possa ser aproveitado e convertido em resultados positivos.
Lidar com talentos é tarefa complicada, requer ouvir, permitir a participação nos diálogos, manter um canal de comunicação aberto e efetivamente valorizar e mostrar que valoriza tais talentos, buscar fornecer o feedback na medida e tempo oportunos, visando o aprimoramento e possíveis ajustes que se fizerem necessários, conduzindo tal profissional ao alinhamento perfeito com a organização. Faz-se necessário não ignorar o ensejo de tais profissionais, pois buscam o crescimento e o desenvolvimento de suas carreiras.
Atualmente, profissionais de tal porte, já se dão ao luxo de escolher onde desejam trabalhar e cabe a empresa tornar-se atrativa para tais talentos. Não são somente os treinamentos técnicos e programas de capacitação, eles também precisam de desafios, avaliação do seu desempenho, novos projetos e diretrizes que os motive e que permitam o aprendizado constante.
Outro fator preponderante refere-se ao favorecimento à harmonia entre trabalho e qualidade de vida. Para esse novo momento, por exemplo, a produtividade poderá não ser medida por número de horas trabalhadas e sim pelo comprometimento e a responsabilidade. Surge a necessidade de repensar o sinônimo para trabalho, que envolverá a possibilidade de uma mistura de atividades, tempo livre, estudo e aprendizado. O conceito do ócio criativo toma corpo e passa a ser considerado nas empresas. A produtividade e o comprometimento sob um novo aferidor.
Claro está que todas essas mudanças que se insinuam no ambiente organizacional, não podem nem devem invalidar os movimentos anteriores, seu objetivo é agregar e não substituir o que já vinha sendo feito até aqui, pelo contrário, os planos de saúde, programas com e para a família, participação nos lucros e outros tantos benefícios devem ser mantidos e até reforçados. O que se pretende é uma maior humanização entre as relações de trabalho e sua mão-de-obra, ainda que os objetivos da empresa com essas ações visem o lucro, bem vindas serão tais estratégias para se obtê-lo.