
Investir nesta estratégia é o que vai fazer sua empresa reter os melhores profissionais do mercado Fonte: Exame, 10/08/2022
Preparar os times para a transformação digital com treinamento e qualificação é prioridade para 90% das organizações. Conheça as ferramentas para ajudar a transformar o seu negócio
Na média, metade dos trabalhadores de uma empresa brasileira (51%) pensa em mudar de trabalho nos próximos 12 meses. Foi o que descobriu a pesquisa “2022 Work Reimagined”, da consultoria EY. A média mundial é de 43%, com indicadores mais altos nos setores de tecnologia (56%) imóveis e construção (53%), e mais baixos em saúde (38%).
O problema é que a alta rotatividade pode gerar custos de turnover, que a consultoria Deloitte estima em até duas vezes o salário anual de um colaborador. Sem contar que a adaptação de um novo colaborador custa em média quase R$ 4 mil por treinamento, de acordo com a Training Magazine.
Além disso, no longo prazo, perder pessoal com frequência não contribui para a imagem da organização no setor em que ela atua. Afinal, toda empresa constrói uma reputação entre os profissionais de uma mesma área – boa parte deles se conhece e troca informações sobre as diferentes empresas de um certo ramo de atuação. Como, então, encontrar – e reter – os melhores profissionais possíveis?
pesquisa da EY aponta uma resposta: os empregadores acreditam que as demandas do momento são treinamento e capacitação em novas habilidades, horários e locais de trabalho flexíveis e investimentos no bem-estar, incluindo ações de estímulo para a saúde mental e física.
Com relação ao treinamento, ele é, de fato, crucial para conquistar e manter os melhores colaboradores. Até porque o cenário está mudando, e rápido.
Novas demandas
Baseada em entrevistas com 500 organizações, que faturam somadas o equivalente a 35% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, a pesquisa “Agenda 2022” da Deloitte identificou que os desafios oferecidos pela transformação digital colocam em risco a sustentabilidade dos negócios, em qualquer área. E a resposta das principais empresas tem sido manter ou aumentar investimentos em tecnologia e capacitação de profissionais.
Neste contexto, a busca por mão-de-obra bem preparada, constantemente atualizada com as tendências de cada setor, é prioridade para 90% das organizações. E 96% pretendem aumentar ou manter os investimentos em qualificação tecnológica.
É um esforço na direção de cumprir um desafio detalhado na edição mais recente do estudo Future of Jobs, do Fórum Econômico Mundial, que apontou que 94% dos líderes de empresas esperam que seus funcionários desenvolvam novas habilidades – na edição anterior do levantamento, o percentual era muito menor, 65%. A consultoria McKinsey aponta para um dado semelhante: 87% das empresas acreditam que não possuem, hoje, o talento de que precisarão no futuro.
Há espaço para crescer, portanto: os dados da pesquisa Panorama T&D 2021/2022 apontam que o Brasil dedica 24 horas para treinar cada colaborador, contra a média global de 35 horas. Estabelecer uma universidade corporativa dentro de sua empresa pode contribuir para posicionar melhor sua empresa.